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Nota de esclarecimento do MOPAIDS contra Fake News

O Mopaids vem a público se posicionar contrário às Fake News que circularam em relação a luta contra aids no Brasil e a recomposição do Departamento de Vigilância de ISTs, Aids e Hepatites Virais.

Postagens divisionistas, acusatórias e sem nexo com os fatos só contribuem para enfraquecer a luta que temos há tantos anos. | Foto: Matheus Bertelli (Pexels)
Postagens divisionistas, acusatórias e sem nexo com os fatos só contribuem para enfraquecer a luta que temos há tantos anos. | Foto: Matheus Bertelli (Pexels)

MOPAIDS
10/02/2023

O Mopaids (Movimento Paulistano de Luta Contra Aids) vem a público se posicionar contrário às Fake News que circularam em relação a luta contra aids no Brasil e a recomposição do Departamento de Vigilância de ISTs, Aids e Hepatites Virais. Postagens divisionistas, acusatórias e sem nexo com os fatos só contribuem para enfraquecer a luta que temos há tantos anos.

No começo de janeiro, o nosso coordenador, o ativista Eduardo Luiz Barbosa, e outros representantes do movimento social de luta contra aids, participaram de uma reunião online com a Secretária de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel.

Diferente do que circulou em grupo de WhatsApp e outras mídias, essa reunião não foi para falar sobre o profissional que iria assumir a direção do Departamento de IST, Aids e Hepatites Virais. Fomos chamados para debater com profundidade a atual política de aids apresentando nossos pontos de vista. O governo queria ouvir da sociedade civil quais eram os avanços e retrocessos nessas políticas, tendo em conta documentos que encaminhamos para a equipe de transição.

Levamos para o debate várias indignações e informações que sempre debatemos em grupo, como por exemplo, a necessidade de modernização do tratamento antirretroviral no Brasil. Também falamos sobre a importância de o atual governo apoiar iniciativas da sociedade civil, afinal, a política de aids sempre foi construída com a participação social. Além da retomada de programas em parceria com a educação e outros ministérios. Acima de tudo, apresentamos que a Política de Aids do Brasil precisa voltar ao cenário internacional com seu protagonismo e se consolidar como uma política de Estado.

O Mopaids jamais participaria de qualquer reunião que fosse para referendar nome de gestor, uma vez que temos convicção que a sociedade civil não indica, o nosso papel é o controle social, existimos para defender os direitos das pessoas vivendo com HIV/Aids, tuberculose, hepatites virais e outras ISTs, e contribuir com a construção de política públicas.

Infelizmente, a problemática da fake news assola não só o nosso país, mas o mundo inteiro. Com a imediatização da informação e as redes sociais, ficou muito mais fácil disseminar esse tipo de 'informação deturpada', algo que se tornou não só nocivo para a população, mas também para a democracia.

O nosso papel enquanto defensores dos direitos humanos nunca foi tão importante quanto nesta era chamada de ‘pós-verdade’. Cabe a nós conscientizar a todos e todas a checarem as informações de algo antes compartilhá-las.

Finalizamos desejando o fortalecimento e ampliação de espaços de participação popular, incluído vários atores e movimentos, também desejando a equipe que está se constituindo êxito nesta jornada.

Movimento Paulistano de Luta Contra Aids
São Paulo, 10 de fevereiro de 2023