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São Paulo sedia Reunião Regional sobre eliminação da sífilis e sífilis congênita nas Américas

OPAS reúne representantes de 22 países, organismos internacionais e sociedade civil para fortalecer a resposta conjunta ao avanço da doença.

Silvia Almeida e Adriada Galvão durante a reunião para fortalecer a resposta à sífilis nas Américas
Silvia Almeida (dir.) e Adriada Galvão durante a reunião para fortalecer a resposta à sífilis nas Américas e avançar na eliminação da doença. | Foto: Adriana Galvão

Mopaids
07/07/2025

Entre os dias 1 e 3 de julho, São Paulo foi palco da Reunião Regional sobre Eliminação da Sífilis e da Sífilis Congênita como problema de saúde pública. O encontro, realizado pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), contou com a participação de representantes dos programas de atenção primária à saúde de 22 países das Américas, além do Ministério da Saúde, organizações da sociedade civil, AHF, OPAS e UNICEF.

O evento teve como objetivo principal a construção coletiva de soluções para conter o crescimento alarmante dos casos de sífilis e sífilis congênita na região. Dados da OPAS revelam que, entre 2016 e 2023, os casos de sífilis congênita nas Américas aumentaram 40%, ultrapassando os 35 mil registros somente em 2023. Entre os 26 países que forneceram dados, 19 observaram aumento da prevalência de sífilis entre gestantes no mesmo período.

A reunião destacou a importância da articulação internacional, da ampliação da testagem e do tratamento adequado durante o pré-natal, bem como da integração entre governos, agências internacionais e movimentos sociais. O Mopaids reforça seu compromisso em acompanhar os desdobramentos da reunião e colaborar com ações que contribuam para o enfrentamento dessa grave situação de saúde pública.

Para Adriana Galvão Ferrazini, presidente do Projeto Criança Aids (PCA) e integrante do Mopaids, a presença da sociedade civil é fundamental neste processo:

É muito importante a participação da sociedade civil em um encontro tão potente, como foi a reunião promovida pela OPAS para discutir estratégias na busca da eliminação da sífilis e sífilis congênita.
São as ONGs que se fazem presentes acessando os vulneráreis, levando informações, colhendo dados e propiciando acesso aos serviços públicos.
Juntos podemos compor uma rede que atenda as necessidades e tragam resultados satisfatórios.
A troca de experiências e informações obtidas nesses dias de reunião foram imensuráveis e trarão benefícios para mais de 20 países que participaram do processo."

Adriana Galvão Ferrazini
presidente do Projeto Criança Aids

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) que tem cura, mas pode causar complicações graves se não for tratada. A transmissão vertical (de mãe para filho) pode levar a complicações sérias no bebê, como danos cerebrais e órgãos, além de risco de morte fetal.

É importante que as pessoas busquem informações e façam testes periódicos para sífilis, especialmente durante a gravidez, para garantir a saúde tanto da mãe quanto do bebê.