Mopaids
30/01/2025
Por: Eduardo Luiz Barbosa
“Neste momento, vivemos sobre uma grande ameaça, uma ameaça relacionada a um conservadorismo que não se pauta por evidências científicas para poder enfrentar os problemas mundiais. Dentre eles, a questão do HIV/aids. O atual governo Trump propõe, além de cortes orçamentares significativos para agências da OMS, dentre outras, como também propõe um retrocesso nas questões relacionadas a um dogmatismo e moralismo. Parece até que o governo americano não entende que aquilo que aflige o mundo também aflige os seus patriotas.
“Hoje é imperativo que globalmente possamos estar criando alternativas a esses governos reacionários e retrógrados. Não é possível mais que o mundo dependa em grande parte de recursos americanos para poder desenvolver as suas políticas. Outros países de alta renda precisam desenvolver mais e fazer mais para que essas ações não tenham efetivo desaceleração ou descontinuidade. É importante que pensemos que o mundo não pode ficar a mercê de governos de última hora ou de governantes que vão se alternando e cada um coloca a sua perspectiva individual e moral à frente de questões humanitárias e que fogem às questões dogmáticas.
“O enfrentamento ao HIV e aids, precisa estar para além de governantes de momento. Os recursos financeiros investidos pelos Estados Unidos não podem estar atrelados a quem está no governo neste momento. Nós acreditamos que a população americana e o congresso americano possam reverter determinadas situações que estão sendo impostas.
“Essa lei da mordaça e ao mesmo tempo de um descumprimento com tudo aquilo que a ciência tem apresentado no mundo atual, é uma extrema ameaça para o futuro do enfrentamento do HIV/aids e para que as pessoas possam continuar vivendo, e sem novas infecções.”
*Eduardo Luiz Barbosa é Coordenador do MOPAIDS (Movimento Paulistano de Luta Contra a Aids) e Presidente do Grupo Pela Vidda/SP